Etica Nas Empresas
Autor: Lucimara Terra
Ética nas Empresas
Por: Lucimara Terra
O
objetivo deste texto é refletir sobre a Ética nas Empresas no sentido
de motivar ações, mudanças de conduta, e uma reavaliação do código de
Ética aplicado pelas Empresas.
A ética pode-se dizer
que é na verdade como a educação de nosso caráter, temperamento ou
vontade pela razão, em busca de um sentido na vida. Traduzindo é um
processo consciente ou intuitivo em que vamos aprendendo ao longo de
nossa vida, que nos ajuda a escolher entre vícios e virtudes, entre o
bem e o mal, entre o justo e o injusto. É a predisposição habitual e
firme, fundamentada na inteligência e na vontade, de fazer o bem. Ser
ético, portanto, é buscar sempre estar de bem consigo mesmo, combater
vícios e fraquezas, cultivar virtudes, proteger e preservar a vida e a
natureza, é buscar ser feliz.
A prática da ética nas
organizações requer convicção, vontade política e competências adequadas
para tornar as ações empresariais concretas e objetivas, minimizando as
resistências e as incompreensões.
Há muitas formas
não éticas de agir nas organizações, como, de resto, na vida em geral.
Você pode fazer afirmações que não são verdadeiras, superestimar ou
subestimar circunstâncias e situações, reter informações que deveriam
ser compartilhadas, sonegar impostos e burlar leis, distorcer fatos em
seu interesse, contar meias-verdades que redundam em mentiras
dissimuladas com aparência de verdade.
Segundo Nash
(2001, pg. 3) "apesar de que a atividade de ganhar dinheiro sempre teve
uma aliança meio desconfortável com o senso de moralidade nas pessoas".
Num pais onde a cada dia surgem novos impostos, onde encontra-se
intrínseco na cultura dos colaboradores o "jeitinhos brasileiro ", cabe
aos gestores a missão de tornar suas empresas éticas, e que ganhar
sempre não é o melhor caminho para o crescimento.
No entendimento
de Moreira (1999, p.28, apud, Ouvires, 2006, p3), que conceitua ética
empresarial como "o comportamento da empresa entendida lucrativa quando
age de conformidade com os princípios morais e as regras do bem
proceder aceitas pela coletividade (regras éticas)".
Na definição
de Denny (2001, p.134), não há distinção entre moral e ética, a ética
empresarial, para ele consiste na busca do interesse comum, ou seja, do
empresário, do consumidor, do trabalhador e do governo. Os dois autores
corroboram que as empresas devem seguir os princípios morais.
A
sociedade sofre, dia após dia, mudanças nos aspectos legais, econômicos,
sociais e organizacionais. Nesse ciclo de metamorfoses, as empresas
começam a perceber que o sistema tradicional de remuneração - baseado
apenas em aspectos hierárquicos - pode ser substituído por modelos que
considerem a habilidade, competência e o desempenho dos profissionais.
Ao contrario do modelo tradicional, a remuneração
por competências e habilidades está ligada a uma estrutura
organizacional mais horizontal, a uma segmentação menor dos cargos e um
foco maior na pessoa do que na função, buscando desenvolver o indivíduo e
a organização. Diz Ênio Resende autor do livro "Remuneração e Carreira
Baseada em Competências e Habilidades".
"A remuneração por
competências e habilidades permite dar mais objetividade e fazer justiça
nos critérios de remuneração fixa, ou seja, no salário nominal".
As empresas são temerosas quanto aos riscos trabalhistas de
mexer nas políticas e práticas salariais, mas se adotarem o modelo de
competência criteriosamente não existe esse risco. O receio é
injustificado, há muita acomodação. E por não adotarem critérios
corretos de diferenciação salarial, as empresas acabam criando reais
situações de injustiça salarial e reais motivos para reclamações
trabalhistas.
Quando a empresa tem em sua
visão que o seu maior capital são seus colaboradores e proporciona para
eles oportunidades de crescimento e desenvolvimento dentro da própria
empresa, oferecendo salários dignos, capacitação profissional e
reconhecimento pelos serviços prestados a empresa.
As empresas
devem ter uma postura ética independente dos fatores externos, e ter
sempre focado os valores
que ela defende. ETICA é algo que todos precisam ter, alguns dizem que tem, mas na verdade poucos levam a sério, algumas se mostram preocupadas, mas muitas delas esquecem o significado da palavra ETICA. ( Eduardo Botelho, 2000, p.5)
que ela defende. ETICA é algo que todos precisam ter, alguns dizem que tem, mas na verdade poucos levam a sério, algumas se mostram preocupadas, mas muitas delas esquecem o significado da palavra ETICA. ( Eduardo Botelho, 2000, p.5)
O
resultado disso é a imagem de que algumas empresas não estão na
realidade, voltada para os clientes, mas sim, que estão apenas dizendo
isto, mas sem ética.
Algumas empresas, tem como missão a
satisfação do cliente, mas esta satisfação acaba quando o cliente efetua
o pagamento, o querer ganhar sempre faz com que muitas empresas estejam
perdendo gradativamente espaço no mercado, pois consumidores querem
ser tratados com respeito, e buscam nas empresas confiança e garantia
dos serviços prestados assim como foi acordado, quando isso não
acontece, se rompe o elo empresa/cliente.
Focar a busca do lucro
no interesse exclusivo dos acionistas da organização, com a exclusão
explícita de todos os demais interesses das pessoas que participam do
processo - empregados, clientes, público, concorrentes, etc - é uma
forma de discriminação fundamentada na concentração da propriedade e da
riqueza.
Nos conflitos cliente/empresa deve se levar em
consideração a lei vigente que determina os direitos e deveres de ambas
as partes, mas o mais importante a manter o bom relacionamento com o
cliente, reconhecer as falhas da empresas no processo, assumir os erros e
agir de forma ética, entende-se Santos (1999, apud Ourives, 2006. p6)
que nos dias de hoje é preciso pensar e pensar rápido, com coragem e
ousadia, numa nova ética, para o desenvolvimento.
A globalização
da economia fez com que a logística deixe de ser mais um departamento
isolado dentro da empresa, mas sim, um desafio para melhor atender o
Cliente.
O atendimento ao cliente, atualmente, pode ser
considerado, sem dúvida, um dos grandes diferenciais competitivos do
mercado. A principal causa disto é a crescente exigência do público
consumidor e a concorrência acirrada entre as empresas do mesmo ramo
onde o melhor preço nem é um diferencial.
A importância de
cumprir os prazos de entrega, gera para empresa um grande desgaste e já
há algum tempo os gerentes vêm se questionando sobre a questão dos
atrasos de produtos, seja por fornecedores ou pelo próprio CD (Centro de
Distribuição) o que vem gerando grande descontentamento entre os
principais clientes e um desgaste dentro de empresa. E, diga-se de
passagem, para uma empresa e incontestável melhoria no nível do serviço
prestado ao cliente final, que quer prazos cumpridos.
A relação
entre empresa e cliente vem sendo responsável pela sobrevivência ou pelo
fracasso de muitas instituições em nosso país. Fidelizar o cliente, ou
seja, conquistá-lo e mantê-lo, é uma tarefa árdua para diversos
empresários, pois sabemos que a satisfação de nossos clientes depende
diretamente da superação de suas expectativas e da excelência no
atendimento por parte das organizações.
Portanto, a logística
requer também como pressuposto o melhor atendimento ao cliente, ou
seja, excelência no tratamento ao mesmo.
Com a evolução do mercado e com a preocupação das empresas em relação ao nível de serviço oferecido aos seus clientes, procurou-se indicativos de ética para a logística, que são fatores necessários para a elaboração de novos níveis de serviço como: prazo de execução e respectivo nível de confiabilidade, tempo de processamento de tarefas; disponibilidade de pessoal e dos equipamentos solicitados; atitude (serena) respeitosa, espírito conciliador, pontualidade, cordialidade, facilidade em sanar erros e falhas, agilidade e precisão em fornecer informações sobre os serviços em processamento, agilidade e precisão no rastreamento de cargas em processamento ou em trânsito, agilidade no atendimento de reclamações e no encaminhamento de soluções, estrutura tarifária fácil de entender e simples de aplicar; rotas simplificadas.
Com a evolução do mercado e com a preocupação das empresas em relação ao nível de serviço oferecido aos seus clientes, procurou-se indicativos de ética para a logística, que são fatores necessários para a elaboração de novos níveis de serviço como: prazo de execução e respectivo nível de confiabilidade, tempo de processamento de tarefas; disponibilidade de pessoal e dos equipamentos solicitados; atitude (serena) respeitosa, espírito conciliador, pontualidade, cordialidade, facilidade em sanar erros e falhas, agilidade e precisão em fornecer informações sobre os serviços em processamento, agilidade e precisão no rastreamento de cargas em processamento ou em trânsito, agilidade no atendimento de reclamações e no encaminhamento de soluções, estrutura tarifária fácil de entender e simples de aplicar; rotas simplificadas.
No campo
profissional são condutas que só é aceita, respeitada, admirada, se
respaldada pelo comportamento que rege as ações da categoria
profissional em uma sociedade específica que foi formada pelo conjunto
de usos e costumes da mesma sociedade.
A ética
profissional tem como premissa o maior relacionamento do profissional
com seus clientes e com outros profissionais, levando em conta valores
como dignidade humana, auto realização e sociabilidade.
Enfim, a preocupação constante dos profissionais com a ética deve
concentrar-se em dois grandes pontos: o primeiro está no cumprimento
das obrigações legais, dentro das normas preestabelecidas; o segundo,
nos clientes, que mesmo não tendo seus desejos atendidos, têm os
procedimentos para com os demais, corretamente satisfeitos.
Quando
a questão ética passa para o publico interno da organização uma serie
erros está sujeitos a acontecer se a empresa não possui definido o seu
código de ética, e mesmo se possui a necessidade de estar constantemente
integrando a ética em suas tomadas de decisões.
Oferecer um
programa de desenvolvimento administrativo que incorpore a ética nos
treinamentos internos da empresa, pode ser uma solução para alcançar
todos os níveis hierárquicos, fazendo com que o código de ética seja
praticado amplamente por todos.
Na década de 80 a Administração
Participativa era amplamente discutido no mundo empresarial, dando
origem a Associação Nacional de Administração Participativa (ANPAR), que
facilitou o intercambio entre dezenas de empresas com experiência neste
campo.
A maior parte do processo da Administração Participativa
porém se limita ao que podemos chamar de participação concedida, se abre
espaço para opinar, discutir, sugerir, e até participar da tomada de
decisão, porém não há participação no poder de decisão, geralmente a
decisão já está tomada.
Por esta razão, talvez, a Gestão
Participativa não conseguiu avançar no meio empresarial, " o receio de
entregar o poder de decisão e perder o Domínio".
O que as
empresas podem adotar é o modelo da Sociocracia que garante que o poder
de decisão seja compartilhado com parceiros e colaboradores, de forma
que a influencia do proprietário se mantém, enquanto para parceiros e
colaboradores não é apenas "concedida", e se torna uma verdadeira
co-gestão.
O termo Sociocracia foi usado pela primeira vez pelo
Sociólogo - Filosofo Auguste Comte (1798 - 1857). No final dos anos 60
Gerard Endenburg cria na industria de sua família na Holanda o modelo de
Gestão Participativa Sociocrático .
Pode-se afirmar que hoje as
organizações são um dos maiores agentes transformadores da sociedade.
Por isso tem que trabalhar buscando o melhor para a sociedade que as
cercam. Afirma Milton Friedman "Se homens de negócios têm outra
responsabilidade social que não a de obter o máximo de lucro para seus
acionistas, como poderão saber qual seria ela ¿ Podem os indivíduos
decidir o que constitui o interesse social" ¿
Pode-se responder
as perguntas acima identificando meios de como os "homens de negócios"
podem obter "o máximo de lucros", oferecendo para a sociedade o retorno
de seus atos presentes preservando o futuro:
- Meio Ambiente: investindo na preservação dos recursos naturais, garantindo assim seu usufruto a longo prazo;
-
Carga Tributária: cumprir com as abrigações legais, mesmo que não
estejam de acordo. Usando de meios legais para mudar a situação para bem
de todos;
- Comunidade: Participando de projetos sociais, incentivando a participação dos colaboradores nos projetos;
- Colaboradores: Proporcionando uma verdadeira Gestão Participativa, apostando nos talentos, aceitando as diferenças.
Conclusão: Este trabalho é para ressaltar o valor da Ética dentro das organizações, a importância da responsabilidade social.
Num
cenário globalizado, percebe-se que há muitas cobranças e as exigências
por parte da sociedade, pela transparência dentro das organizações,
tanto no trato com os cliente, fornecedores, serviços prestados, para
que não sejam enganados e que não prejudiquem o meio ambiente.
As
empresas precisam utilizar métodos de fiscalização dos seus processos e
a sociedade adotar medidas para inibir abusos cometidos pelas
organizações.
Na minha opinião as empresas devem ser justa com os
clientes, tratá-los com respeito, valorizando-os, sem enganá-los,
agindo de forma ética, sabendo de suas responsabilidades e cumprindo-as
de maneira correta.
Valorizar os colaboradores dando auxilio e oportunidades de crescimento, pois eles muitas vezes é o cartão de visita da empresa.
A ética empresarial pode ser a alma do negocio para combater a acirrada concorrência do mundo globalizado.
REFERENCIAS:
BALLOU,
Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento,
organização e logística empresarial. Tradução: Elias Pereira. 4 ed.
Porto Alegre: Bookman, 2001.
BOTELHO, Eduardo, Disponível em: http://www.equifax.com.br/ Acessado em 22/07/2008.
DENNY, Ercílio A. Ética e sociedade. Capivari: Opinião E., 2001
ENDENBURG, Gerald, Sociocracy; As social design; Eduron, Delft Holanda, 1998.
FRIEDMAN, Milton. "Capitalismo e Liberdade". 1984. São Paulo. Abril Cultural, coleção Os Economistas.
MOREIRA, Joaquim Manhães. A Ética Empresarial no Brasil. São Paulo. Pioneira, 1999.
NASH, Laura, Ética nas Empresas: boas intenções a parte. São Paulo: Makron Books, 2001.
/administracao-artigos/etica-nas-empresas-596745.html
Perfil do Autor
Estudante de Pós Graduação em Desenvolvimento Gerencial.
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